Como os cistos se disseminam na natureza pelas fezes, o método de contaminação é o oral-fecal. Conhecê-lo é uma forma de tentar evitá-lo.
Os cistos saem pelas fezes de pessoas infectadas. Ocorrendo em locais que não há saneamento básico, ou defecando perto de riachos ou cursos d'água, a água pode entrar em contato com essas fezes e se infectar. Usando essa mesma água infectada para regar alimento, podem infectá-los também. Consumindo-a e a esses alimentos, estará ingerindo o cisto do parasito que, em seu estômago, virará trofozoíto e colonizará seu intestino, causando a doença giardíase.
Em um estudo realizado por Machado et al em 2005,
descobriu-se que, mesmo que um manancial esteja poluído por fezes, o seu
tratamento reduz a praticamente zero o risco de se infectar com cistos de
giárdia (Tab. 1). Valendo, então, que o tratamento de esgoto é o principal
procedimento na profilaxia à doença.
Porém, a profilaxia da
giardíase é de difícil execução, pois depende não só do tratamento da matéria
fecal e do lixo, como ainda da proteção da água potável. Mesmo nos países de boa
higiene pública, são em grande número os mamíferos infectados. As reinfestações
são constantes e todo o material fecal das ruas deveria ser prontamente
removido, o que não se torna fácil o controle, pois limitará apenas a
contaminação ambiental. Os cistos do protozoário são inativados pela maioria
dos compostos de amônio quaternário, vapor e água fervente, sendo assim é
essencial ferver a água antes de usá-la, pois o cloro não mata os cistos, e
este é o veículo principal de contaminação pela protozooze.
Referências
PENNA G O, CARMO E H, TEIXEIRA M G, COSTA M C N,
PEREIRA S N, NASCIMENTO E R M.
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO. 8ª edição
revista. MINISTÉRIO DA SAÚDE - Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
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PESSÔA S.B.
& MARTINS A. V. Parasitologia Médica. 11ª ed. Editora Googan,1982.
CARVALHO, Aldo R. COELHO, Rosa. Manual de parasitologia humana. 2° Ed. Editora Ulbra. 2005. 267 p.