quarta-feira, 12 de junho de 2013

Quem somos nós?


Arthur Lopes, Mayra Resende, Maria Eduarda Leite, Pedro Paulo Barbosa, 
Luíza Braga, Larissa Campos e Mariana Boscato.

Estudantes do 3° período de Biomedicina no UniBh, que realizaram esse projeto a partir das atividades propostas pelo Trabalho Interdisciplinar de Graduação III cujo tema é giádia. 


domingo, 2 de junho de 2013

Método de contaminação da giardíase

Como os cistos se disseminam na natureza pelas fezes, o método de contaminação é o oral-fecal. Conhecê-lo é uma forma de tentar evitá-lo.


              Os cistos saem pelas fezes de pessoas infectadas. Ocorrendo em locais que não há saneamento básico, ou defecando perto de riachos ou cursos d'água, a água pode entrar em contato com essas fezes e se infectar. Usando essa mesma água infectada para regar alimento, podem infectá-los também. Consumindo-a e a esses alimentos, estará ingerindo o cisto do parasito que, em seu estômago, virará trofozoíto e colonizará seu intestino, causando a doença giardíase.





            Em um estudo realizado por Machado et al em 2005, descobriu-se que, mesmo que um manancial esteja poluído por fezes, o seu tratamento reduz a praticamente zero o risco de se infectar com cistos de giárdia (Tab. 1). Valendo, então, que o tratamento de esgoto é o principal procedimento na profilaxia à doença.
Porém, a profilaxia da giardíase é de difícil execução, pois depende não só do tratamento da matéria fecal e do lixo, como ainda da proteção da água potável. Mesmo nos países de boa higiene pública, são em grande número os mamíferos infectados. As reinfestações são constantes e todo o material fecal das ruas deveria ser prontamente removido, o que não se torna fácil o controle, pois limitará apenas a contaminação ambiental. Os cistos do protozoário são inativados pela maioria dos compostos de amônio quaternário, vapor e água fervente, sendo assim é essencial ferver a água antes de usá-la, pois o cloro não mata os cistos, e este é o veículo principal de contaminação pela protozooze.


Referências

PENNA G O, CARMO E H, TEIXEIRA M G, COSTA M C N, PEREIRA S N, NASCIMENTO E R M.  DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO. 8ª edição revista. MINISTÉRIO DA SAÚDE - Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília - Distrito Federal. 2010.

PESSÔA S.B. & MARTINS A. V. Parasitologia Médica. 11ª ed. Editora Googan,1982.

CARVALHO, Aldo R. COELHO, Rosa. Manual de parasitologia humana. 2° Ed. Editora Ulbra. 2005. 267 p.

Sintomatologia da giardíase

    Como saber se estou infectado?


    A giardíase apresenta um espectro clínico muito variado. Indivíduos infectados podem ser assintomáticos ou apresentar quadros de diarreia aguda, ou persistente. A doença é multifatorial e sua variabilidade está associada a aspectos do parasito (a cepa e a quantidade de cistos ingeridos), e a aspectos do hospedeiro (sua resposta imune, seu estado nutricional, o pH do suco gástrico e sua associação com a mucosa intestinal).

    A forma aguda da doença é caracterizada por diarreia aquosa, explosiva, de odor fétido, seguida de gases e dores abdominais. Em casos raros pode haver sangue e muco nas fezes. Essa forma dura poucos dias e é auto limitante.
    A forma crônica da doença é caracterizada por diarreia persistente, acompanhada por problemas de má-absorção de lipídios e nutrientes essenciais, como: vitaminas lipossolúveis (A,D,E e K), vitamina B12, ferro, xilose e lactose. Consequentemente o indivíduo apresenta perda de peso. Essas deficiência nutricional pode causar sérios danos, principalmente, em crianças.





Referências

PEREIRA NEVES, David. Parasitologia Humana. 11ª edição, Atheneu, 2005.

Qual é o ciclo de vida da giardia?

Conhecer o ciclo é se informar.


            Esse parasito apresenta ciclo monoxeno, ou seja, direto, não precisando de vetores ou hospedeiros intermediários. A infecção ocorre por via oral pela ingestão de água e alimentos contaminados com cistos. No estômago, o meio ácido inicia o desencistamento que é completado no intestino delgado onde ocorre a colonização pelos trofozoítos, multiplicando-se por mitose, à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal pelas ventosas, realizando assim um mecanismo de sucção de nutrientes. O ciclo se completa no ceco, onde ocorre o encistamento do parasito, que será eliminado com as fezes para o meio exterior.

            


Referências

PEREIRA NEVES, David. Parasitologia Humana. 11ª edição, Atheneu, 2005.

Giárdia, como tratar?

O tratamento é simples e fácil. Vamos conhecer?

            A giardíase causa mal estar e intensa diarreia, sendo um problema mundial. Todos sabemos disso. Mas o que muitos se perguntam é se tem tratamento ou não. Temos uma boa notícia: tem tratamento.
            O tratamento da giardíase é feito com os derivados nitroimidazólicos - metronidazol ou tinidazol – que têm eficácia elevada. O metronidazol é feito na dose de 15-20 mg/kg/dia, duas vezes ao dia, por sete ou dez dias consecutivos. O tinidazol tem a vantagem de ser usado em dose única (50mg/kg), mas seus efeitos colaterais são mais intensos.


            O albendazol também tem sido usado atualmente; a dose de 400 mg/dia, três ou cinco dias consecutivos, tem eficácia melhor (81 a 95%) do que as doses únicas de 400, 600 ou 800mg; ele é comparável ao metronidazol (97 a 100%).


            Todos esses medicamentos combatem os trofozoítos e os cistos, impedindo a doença e a contaminação de outras pessoas. Com isso, conseguimos impedir a disseminação da doença e a cura do paciente.
            Viu? Não há motivo para continuar com esse ‘bichinho’ no seu corpo, o tratamento é simples, fácil e apresenta uma ótima eficácia, permitindo a você se curar e retornar a sua saúde.


Referências

PEREIRA NEVES, David. Parasitologia Humana. 11ª edição, Atheneu, 2005.

Como tratar o animal de estimação infectado pela giárdia?

A Giardia lamblia também infecta os animais. Vamos saber como tratar nossos bichinhos de estimação.


            Existem várias drogas que já foram testadas para  tratamento da giardíase, e entre elas estão o Metronidazol, a Quinacrina, o Albendazol, o Fenbendazol e a Furazolidona. Dentre eles, a rimeira é a mais utilizada nos EUA para o tratamento da giardíase. Ele possui, além da sua atividade como antiprotozoário, uma atividade como antibacteriano. A droga apresenta in vitro propriedades antiinflamatórias e afeta a motilidade de neutrófilos, assim como alguns aspectos da imunidade celular. Acredita-se que esses fatos sejam parcialmente responsáveis pela melhora do uqadro clínico da doença.
            Raramente observa-se efeitos colaterais devido ao uso de Metronidazol, no entanto alguns animais poderão apresentar vômitos e diarréia. Por possuir efeito teratogênico, esta droga não deve ser utilizado em fêmeas prenhes.
            Como a diarréia pode ser causada por infecções simultâneas por diferentes agentes enteropatogênicos, torna-se interessante a associação de drogas ampliando o espectro de ação, como o uso do Metronidazol com Sulfadimetoxina, que age contra outros protozoários e bactérias patogênicas que porventura possam estar colonizando o intestino juntamente com a giardia. 
            Em cães, as doses são administradas duas vezes ao dia, 25mg/Kg via oral durante cinco dias. Já em gatos, pode-se administrar, pelo mesmo período de tempo, 12,5 a 25 mg/Kg via oral, duas vezes ao dia. Hhumanos também tratam a giardíase com os mesmos medicamentos. 


 


Referências

BARR, S.C.; BOWMAN, D.D. Giardiasis in Dogs and Cats. Compend. Contin. Educ. Pract. Vet., 16(5): 603-14.

DUBEY, J.P. Intestinal protozoa Infections. Small Animal Practice, 23(1): 37-55, 1993.


FERREIRA, A.J.P; DELL´PORTO, A. Agentes antiprotozoários, In: SPINOSA, H.S; GÓRNIAK, S.L.; BERNADI, M.M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária, Guanabara Koogan, 2a ed: 467-79, 1999.

S.O.S animal de estimação

Sabia que seu animalzinho também corre riscos com esse parasita?



            A Giardia lamblia, parasita de intestinos humanos, pode também parasitar seu bichinho de estimação. Muito frequente em cães e gatos o protozoário acomete mais comumente animais jovens, sem resistência imunológica e que convivem em grupos. A contaminação ocorre pela mesma via dos humanos, pela ingestão de água ou alimentos enfectados com os cistos da giardia. Porém, como animais não tem muitos hábitos de higiene, o contágio é muito mais frequente.
            Os mais parasitados são os cães, onde o parasita pode ser encontrado em até 100% dos cães. Por outro lado, em gatos a prevalência é menor, variando de 1,4 a 11%. Apesar da alta prevalência, nem todos os animais manifestam a doença, alguns apresentam a forma assintomática. Por isso, vale estar sempre de olho no seu amigo, pois, se ele estiver infectado e você não tomar as devidas precauções, o quadro do animal poderá se agravar.



            Cuide e mantenha sempre higienizado o local onde ele vive, principalmente se você tiver mais de dois animais em casa, pois esse parasita também se transmite de forma direta. Observe manifestações clínicas, como diarreia e fezes líquidas, podem ser sinais de que seu amigo não está bem. E lembre-se, quanto mais cedo descobrir, melhor!





Referências


BEST CONSULTING. Giardia. Disponível em:<http://www.bestconsulting.com/veterinaria/giardia/giardia.htm>. On line. Acesso em 19 abr. 2012.